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Gedicht

Eugénio de Andrade

Desperate Song

Not even eyes know what to say
to this rose of joy
open in my hands
or in the tresses of the day.

What I dreamt is simply this,
merely water, purple with cold.
Within this grief no rose can fit.
Give me the shadow of a ship.

Canção Desesperada

Canção Desesperada

Nem os olhos sabem que dizer
a esta rosa de alegria,
aberta nas minhas mãos
ou nos cabelos do dia.

O que sonhei é só água:
água ou só rumor do frio.
Nenhuma rosa cabe nesta mágoa.
Dai-me a sombra de um navio!
Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade

(Portugal, 1923 - 2005)

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Canção Desesperada

Nem os olhos sabem que dizer
a esta rosa de alegria,
aberta nas minhas mãos
ou nos cabelos do dia.

O que sonhei é só água:
água ou só rumor do frio.
Nenhuma rosa cabe nesta mágoa.
Dai-me a sombra de um navio!

Desperate Song

Not even eyes know what to say
to this rose of joy
open in my hands
or in the tresses of the day.

What I dreamt is simply this,
merely water, purple with cold.
Within this grief no rose can fit.
Give me the shadow of a ship.
Sponsors
Gemeente Rotterdam
Nederlands Letterenfonds
Stichting Van Beuningen Peterich-fonds
Prins Bernhard cultuurfonds
Lira fonds
Versopolis
J.E. Jurriaanse
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Veerhuis
VDM
Partners
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