Gedicht
Eugénio de Andrade
The Syllable
All morning I was searching for a syllable.It’s very little, that’s for sure: a vowel,
a consonant, practically nothing.
But I feel its absence. Only I know
how much I miss it.
That’s why I searched for it so stubbornly.
Only it could shield me from
January cold, the drought
of summer. A syllable.
A single syllable.
Salvation.
© Translation: 2003, Alexis Levitin
From: Forbidden Words
Publisher: New Directions, New York, 2003
From: Forbidden Words
Publisher: New Directions, New York, 2003
A Sílaba
A Sílaba
Toda a manhã procurei uma sílaba.É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante, quase nada.
Mas faz-me falta. Só eu sei
a falta que me faz,
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro, da estiagem
do verão. Uma sílaba.
Uma única sílaba.
A salvação.
© 1997, Eugénio de Andrade
From: Pequeno Formato
Publisher: Fundação Eugénio de Andrade, Oporto
From: Pequeno Formato
Publisher: Fundação Eugénio de Andrade, Oporto
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Gedichten van Eugénio de Andrade
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A Sílaba
Toda a manhã procurei uma sílaba.É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante, quase nada.
Mas faz-me falta. Só eu sei
a falta que me faz,
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro, da estiagem
do verão. Uma sílaba.
Uma única sílaba.
A salvação.
From: Pequeno Formato
The Syllable
All morning I was searching for a syllable.It’s very little, that’s for sure: a vowel,
a consonant, practically nothing.
But I feel its absence. Only I know
how much I miss it.
That’s why I searched for it so stubbornly.
Only it could shield me from
January cold, the drought
of summer. A syllable.
A single syllable.
Salvation.
© 2003, Alexis Levitin
From: Forbidden Words
Publisher: 2003, New Directions, New York
From: Forbidden Words
Publisher: 2003, New Directions, New York
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