Gedicht
Rui Pires Cabral
LOST FRIENDS
Friends carried off by lifeare the most difficult to appease, the most
tyrannical. Barbarians of an unknown land,
they sip the poison of silence and they grow
beyond all limits in the distance, a blind eye
to our loneliness. And to think that we were
brothers in arms, that we dug up buried treasure
from the same islands, from the most
barren of books. How things turn out.
Could all have been in vain? It seemed
that we were destined for the same
songs, for a more certain kind of love.
Well, well. And we cannot even understand
what happened.
© Translation: 2007, Alexis Levitin
AMIGOS PERDIDOS
AMIGOS PERDIDOS
Os amigos levados pela vidasão os mais difíceis de aplacar, os mais
tiranos. Bárbaros de um país desconhecido,
bebem à taça os venenos do silêncio e crescem
desmedidamente na distância, desentendidos
da nossa solidão. E pensar que já fomos
irmãos de armas, que desenterrámos tesouros
nas mesmas ilhas, nos livros
mais inóspitos. Como são as coisas.
Terá sido tudo em vão? Dir-se-ia
que estávamos predestinados às mesmas
canções, a uma espécie mais certa de amor.
Pois sim. Nem sequer compreendemos
o que nos aconteceu.
© 2003, Rui Pires Cabral
From: Praças e Quintais
Publisher: Averno, Lisboa
From: Praças e Quintais
Publisher: Averno, Lisboa
Gedichten
Gedichten van Rui Pires Cabral
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AMIGOS PERDIDOS
Os amigos levados pela vidasão os mais difíceis de aplacar, os mais
tiranos. Bárbaros de um país desconhecido,
bebem à taça os venenos do silêncio e crescem
desmedidamente na distância, desentendidos
da nossa solidão. E pensar que já fomos
irmãos de armas, que desenterrámos tesouros
nas mesmas ilhas, nos livros
mais inóspitos. Como são as coisas.
Terá sido tudo em vão? Dir-se-ia
que estávamos predestinados às mesmas
canções, a uma espécie mais certa de amor.
Pois sim. Nem sequer compreendemos
o que nos aconteceu.
From: Praças e Quintais
LOST FRIENDS
Friends carried off by lifeare the most difficult to appease, the most
tyrannical. Barbarians of an unknown land,
they sip the poison of silence and they grow
beyond all limits in the distance, a blind eye
to our loneliness. And to think that we were
brothers in arms, that we dug up buried treasure
from the same islands, from the most
barren of books. How things turn out.
Could all have been in vain? It seemed
that we were destined for the same
songs, for a more certain kind of love.
Well, well. And we cannot even understand
what happened.
© 2007, Alexis Levitin
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