Gedicht
Luís Vaz de Camões
May Love seek out new arts, devise a plot . . .
May Love seek out new arts, devise a plotto kill me, and discover new disdain;
for robbing me of hope will be in vain,
since it can scarcely take what I’ve not got.
Behold the kind of hopes on which I stand!
And see how perilous my certainties!
For I fear neither change nor enmities,
ploughing the sea, lost far from any land.
And yet, although one cannot pay grief’s toll
where hope is gone, still Love has hidden there
for me an ill, that kills and can’t be seen;
how long ago did Love place in my soul
I don’t know what, born I don’t know where,
come I don’t know how, nor why it aches so keen.
© Translation: 1998, Alexis Levitin
May Love seek out new arts, devise a plot . . .
Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n’alma me tem posto.
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e doi não sei porquê.
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n’alma me tem posto.
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e doi não sei porquê.
© 1595, Luís Vaz de Camões
From: Rimas
Publisher: Almedina, Coímbra
From: Rimas
Publisher: Almedina, Coímbra
Gedichten
Gedichten van Luís Vaz de Camões
Close
May Love seek out new arts, devise a plot . . .
Busque Amor novas artes, novo engenho,para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n’alma me tem posto.
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e doi não sei porquê.
From: Rimas
May Love seek out new arts, devise a plot . . .
May Love seek out new arts, devise a plotto kill me, and discover new disdain;
for robbing me of hope will be in vain,
since it can scarcely take what I’ve not got.
Behold the kind of hopes on which I stand!
And see how perilous my certainties!
For I fear neither change nor enmities,
ploughing the sea, lost far from any land.
And yet, although one cannot pay grief’s toll
where hope is gone, still Love has hidden there
for me an ill, that kills and can’t be seen;
how long ago did Love place in my soul
I don’t know what, born I don’t know where,
come I don’t know how, nor why it aches so keen.
© 1998, Alexis Levitin
Sponsors
Partners
LantarenVenster – Verhalenhuis Belvédère