Gedicht
Teixeira de Pascoaes
POET
When the first tear welled upIn my eyes, divine clarity
Lit up my village homeland
With the sad light of longing.
How I glow, poor humble things,
As sorrow in your darkness. . .
I am, in the future, time past.
In me, old times are new ages.
I’m a mountain cliff, an astral
Mist, a figment in the morning,
The earthen image of a soul.
I’m man fleeing from himself,
A raving phantom, a living mystery,
God’s delirium, dreams, nothingness.
© Translation: 2005, Richard Zenith
Poeta
Poeta
Quando a primeira lágrima aflorouNos meus olhos, divina claridade
A minha pátria aldeia alumiou
Duma luz triste, que era já saudade.
Humildes, pobres cousas, como eu sou
Dor acesa na vossa escuridade. . .
Sou, em futuro, o tempo que passou;
Em mim, o antigo tempo é nova idade.
Sou fraga da montanha, névoa astral,
Quimérica figura matinal,
Imagem de alma em terra modelada.
Sou o homem de si mesmo fugitivo;
Fantasma a delirar, mistério vivo,
A loucura de Deus, o sonho e o nada.
© 1898, Teixeira de Pascoaes
From: Sempre
Publisher: Assírio & Alvim, Lisbon
From: Sempre
Publisher: Assírio & Alvim, Lisbon
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Poeta
Quando a primeira lágrima aflorouNos meus olhos, divina claridade
A minha pátria aldeia alumiou
Duma luz triste, que era já saudade.
Humildes, pobres cousas, como eu sou
Dor acesa na vossa escuridade. . .
Sou, em futuro, o tempo que passou;
Em mim, o antigo tempo é nova idade.
Sou fraga da montanha, névoa astral,
Quimérica figura matinal,
Imagem de alma em terra modelada.
Sou o homem de si mesmo fugitivo;
Fantasma a delirar, mistério vivo,
A loucura de Deus, o sonho e o nada.
From: Sempre
POET
When the first tear welled upIn my eyes, divine clarity
Lit up my village homeland
With the sad light of longing.
How I glow, poor humble things,
As sorrow in your darkness. . .
I am, in the future, time past.
In me, old times are new ages.
I’m a mountain cliff, an astral
Mist, a figment in the morning,
The earthen image of a soul.
I’m man fleeing from himself,
A raving phantom, a living mystery,
God’s delirium, dreams, nothingness.
© 2005, Richard Zenith
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