Gedicht
Florbela Espanca
MY SORROW
My Sorrow is an ideal conventFull of cloisters, shadows, vaults,
Whose darkly twisting stone reveals
Meticulously sculpted lines.
With agony the bells toll,
Telling their sorely felt affliction…
All of them make funereal sounds
On striking the hours day in, day out.
My Sorrow’s a convent where there are lilies
Whose violet hue is steeped in suffering,
Their beauty such as no eyes have seen.
In that sad convent where I dwell,
Night and day I pray and weep!
And no one sees or hears me… no one…
© Translation: 2015, Richard Zenith
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: Dedalus Press, Dublin, 2015
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: Dedalus Press, Dublin, 2015
A minha Dor
A minha Dor
A minha Dor é um convento idealCheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres d’agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal…
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias...
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro!
E ninguém ouve… ninguém vê… ninguém…
© 1919, Florbela Espanca
From: Livro das Mágoas
Publisher: Tipografia Maurício, Lisbon
From: Livro das Mágoas
Publisher: Tipografia Maurício, Lisbon
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A minha Dor
A minha Dor é um convento idealCheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres d’agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal…
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias...
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro!
E ninguém ouve… ninguém vê… ninguém…
From: Livro das Mágoas
MY SORROW
My Sorrow is an ideal conventFull of cloisters, shadows, vaults,
Whose darkly twisting stone reveals
Meticulously sculpted lines.
With agony the bells toll,
Telling their sorely felt affliction…
All of them make funereal sounds
On striking the hours day in, day out.
My Sorrow’s a convent where there are lilies
Whose violet hue is steeped in suffering,
Their beauty such as no eyes have seen.
In that sad convent where I dwell,
Night and day I pray and weep!
And no one sees or hears me… no one…
© 2015, Richard Zenith
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: 2015, Dedalus Press, Dublin
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: 2015, Dedalus Press, Dublin
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