Gedicht
Florbela Espanca
RENUNCIATION
Long ago I placed my youthIn the quiet convent of Sadness. Forever
Cloistered, it spends its days and nights
With eyes closed, frail hands in a cross...
The Moon outside, Satan, tempts me!
It blossoms into shimmers of Beauty…
Nature is like an ardent kiss…
My cell is like a river of light…
Shut tight your eyes! See nothing at all!
Turn yet paler! And, resigned,
Throw your arms around a greater cross!
Make the shroud that wraps you colder!
Fill your mouth with earth and ashes,
O my youth in your full flower!
© Translation: 2011, Richard Zenith
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: Dedalus Press, Dublin, 2011
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: Dedalus Press, Dublin, 2011
Renúncia
Renúncia
A minha mocidade outrora eu pusNo tranqüilo convento da Tristeza;
Lá passa dias, noites, sempre presa,
Olhos fechados, magras mãos em cruz...
Lá fora, a Lua, Satanás, seduz!
Desdobra-se em requintes de Beleza...
É como um beijo ardente a Natureza...
A minha cela é como um rio de luz...
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!
Gela ainda a mortalha que te encerra!
Enche a boca de cinzas e de terra,
Ó minha mocidade toda em flor!
© 1923, Florbela Espanca
From: Livro de Soror Saudade
Publisher: Tipografia A Americana , Lisbon
From: Livro de Soror Saudade
Publisher: Tipografia A Americana , Lisbon
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Renúncia
A minha mocidade outrora eu pusNo tranqüilo convento da Tristeza;
Lá passa dias, noites, sempre presa,
Olhos fechados, magras mãos em cruz...
Lá fora, a Lua, Satanás, seduz!
Desdobra-se em requintes de Beleza...
É como um beijo ardente a Natureza...
A minha cela é como um rio de luz...
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!
Gela ainda a mortalha que te encerra!
Enche a boca de cinzas e de terra,
Ó minha mocidade toda em flor!
From: Livro de Soror Saudade
RENUNCIATION
Long ago I placed my youthIn the quiet convent of Sadness. Forever
Cloistered, it spends its days and nights
With eyes closed, frail hands in a cross...
The Moon outside, Satan, tempts me!
It blossoms into shimmers of Beauty…
Nature is like an ardent kiss…
My cell is like a river of light…
Shut tight your eyes! See nothing at all!
Turn yet paler! And, resigned,
Throw your arms around a greater cross!
Make the shroud that wraps you colder!
Fill your mouth with earth and ashes,
O my youth in your full flower!
© 2011, Richard Zenith
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: 2011, Dedalus Press, Dublin
From: 28 Portuguese Poets: a Bilingual Anthology
Publisher: 2011, Dedalus Press, Dublin
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