Poem
António Ramos Rosa
At times we grasp something
At times we grasp somethingbetween shadow and shadow
And it’s as if a nuptial gesture deep within
had unfurled like yet another shadow
this one upright And then our breathing
is a flowing in oblivion and in the quiet that calms
as if the other in us were the same that began
And without figures we come into contact
with the ardent emptiness
that wraps all contraries in a silent affirmation
and consummates within us the magic obscurity
in which to be is as not being and not being to be
© Translation: 1991, Richard Zenith
At times we grasp something
Às vezes compreendemos algo
entre a sombra e a sombra
E é como se no íntimo um gesto nupcial
se desenrolasse como uma sombra ainda
mas vertical E então respirarmos
é fluir no olvido e no sossego que alisa
como se o outro em nós fosse o mesmo inicial
E sem figuras entramos em contacto
com o vazio ardente
que envolve todos os contrários numa afirmação silenciosa
e dentro de nós consuma a mágica obscuridade
em que ser é como não ser e não ser como ser
entre a sombra e a sombra
E é como se no íntimo um gesto nupcial
se desenrolasse como uma sombra ainda
mas vertical E então respirarmos
é fluir no olvido e no sossego que alisa
como se o outro em nós fosse o mesmo inicial
E sem figuras entramos em contacto
com o vazio ardente
que envolve todos os contrários numa afirmação silenciosa
e dentro de nós consuma a mágica obscuridade
em que ser é como não ser e não ser como ser
© 1988, António Ramos Rosa
From: O Livro da Ignorância
Publisher: Signo, Ponta Delgada (Açores)
From: O Livro da Ignorância
Publisher: Signo, Ponta Delgada (Açores)
Poems
Poems of António Ramos Rosa
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At times we grasp something
At times we grasp somethingbetween shadow and shadow
And it’s as if a nuptial gesture deep within
had unfurled like yet another shadow
this one upright And then our breathing
is a flowing in oblivion and in the quiet that calms
as if the other in us were the same that began
And without figures we come into contact
with the ardent emptiness
that wraps all contraries in a silent affirmation
and consummates within us the magic obscurity
in which to be is as not being and not being to be
© 1991, Richard Zenith
From: O Livro da Ignorância
From: O Livro da Ignorância
At times we grasp something
At times we grasp somethingbetween shadow and shadow
And it’s as if a nuptial gesture deep within
had unfurled like yet another shadow
this one upright And then our breathing
is a flowing in oblivion and in the quiet that calms
as if the other in us were the same that began
And without figures we come into contact
with the ardent emptiness
that wraps all contraries in a silent affirmation
and consummates within us the magic obscurity
in which to be is as not being and not being to be
© 1991, Richard Zenith
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