Gedicht
Antero de Quental
IGNOTO DEO
What mortal beauty resembles yours,O vision which my soul has dreamed
And which reflects in me your gleam
Like sunlight on the ocean’s mirror?
So vast the universe! My yearning tells me
To seek you on Earth, so here I plod,
A believer searching for a clement God,
But I find just his altar. . . old and empty. . .
Your immortality inspires my worship.
But what are you here? A gaze of pity,
A drop of honey in a cup of lye. . .
Pure essence of the tears I weep
And dream of my dreams, if you exist,
At least reveal yourself in the sky!
© Translation: 1998, Richard Zenith
Ignoto Deo
Ignoto Deo
Que beleza mortal se te assemelha,Ó sonhada visão desta alma ardente,
Que reflectes em mim teu brilho ingente,
Lá como sobre o mar o sol se espelha?
O mundo é grande – e esta ânsia me aconselha
A buscar-te na terra: e eu, pobre crente,
Pelo mundo procuro um Deus clemente,
mas a ara só lhe encontro. . . nua e velha. . .
Não é mortal o que eu em ti adoro.
Que és tu aqui? olhar de piedade,
Gota de mel em taça de venenos. . .
Pura essência das lágrimas que choro
E sonho dos meus sonhos! se és verdade,
Descobre-te, visão, no céu ao menos!
© 1886, Antero de Quental
From: Sonetos
Publisher: IN-CM, Lisbon
From: Sonetos
Publisher: IN-CM, Lisbon
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Ignoto Deo
Que beleza mortal se te assemelha,Ó sonhada visão desta alma ardente,
Que reflectes em mim teu brilho ingente,
Lá como sobre o mar o sol se espelha?
O mundo é grande – e esta ânsia me aconselha
A buscar-te na terra: e eu, pobre crente,
Pelo mundo procuro um Deus clemente,
mas a ara só lhe encontro. . . nua e velha. . .
Não é mortal o que eu em ti adoro.
Que és tu aqui? olhar de piedade,
Gota de mel em taça de venenos. . .
Pura essência das lágrimas que choro
E sonho dos meus sonhos! se és verdade,
Descobre-te, visão, no céu ao menos!
From: Sonetos
IGNOTO DEO
What mortal beauty resembles yours,O vision which my soul has dreamed
And which reflects in me your gleam
Like sunlight on the ocean’s mirror?
So vast the universe! My yearning tells me
To seek you on Earth, so here I plod,
A believer searching for a clement God,
But I find just his altar. . . old and empty. . .
Your immortality inspires my worship.
But what are you here? A gaze of pity,
A drop of honey in a cup of lye. . .
Pure essence of the tears I weep
And dream of my dreams, if you exist,
At least reveal yourself in the sky!
© 1998, Richard Zenith
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